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sábado, 12 de setembro de 2015

Os Espig no Recenseamento Rural do Brazil de 1920


Em 1920, o governo brasileiro efetuou o primeiro recenseamento rural do Brasil, percorrendo todas as picadas e listando o nome dos proprietários. Essas informações estão disponíveis online e dão uma boa ajuda nas pesquisas, pois é possivel ver onde os Espig já tinham se espalhado, tanto no RS como em SC.


No RS, descendentes de Carl Ferdinand Espig:
  • Guilherme Espich, filho de Carl Friedrich Espig, em Marques de Souza RS, Linha Orlando
  • Henrique Espig, filho de Carl Robert Espig, em Passo Fundo RS, Rio do peixe
  • Joao Espig, filho de Carl Robert Espig, em Passo Fundo RS, Rio do peixe
  • Hilberto Espig, filho de Carl Robert Espig, em Passo Fundo RS, Rio do peixe
  • Miguel Espig, filho de Carl Robert Espig , em Passo Fundo RS, Rio do peixe
  • Pedro Espig, filho de Carl Robert Espig, em Passo Fundo RS , Rio do peixe
  • Gustavo Espig, filho de Johann Friedrich Espig , em Nova Petrópolis RS, Linha Gonçalves Dias
  • Carlos Espig, filho de Carl Robert Espig, em Taquara RS, Varzea Grande
  • Felipe Esbig, filho de Carl Robert Espig, em São Leopoldo RS, Padre Eterno
Em SC, descendentes de August Wilhelm Espig
  • Ernesto Espig, filho de August Espig, em Itajaí SC, Ribeirão Maximo
  • Miguel Espig,  filho de Ernesto Espig, em Itajaí SC, Ribeirão Maximo

Importante mencionar que apenas os proprietários de áreas rurais foram listados no recenseamento. Os filhos, esposas e outros moradores não estão mencionados. Como o recenseamento foi rural, quem morava no centro de cidades também não foi listado.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Os Espich no Vale do Taquarí

  Toda minha familia por parte de pai é do Vale do Taquarí, mais especificamente de Marques de Souza e Travesseiro. Foi por alí que comecei minhas pesquisas das raízes dos Espich.

  Sabia pela certidão de nascimento do meu avô Arvin que seu pai se chamava Guilherme e seu avô Carlos. Porém na certidão dizia que meu avô nascera em Venâncio Aires, 50km dalí. Mas como vieram parar em Marques?? Será que o Guilherme se mudou para alí? Ou foi seu pai Carlos??

  Tinha varias perguntas como essas que foram aos poucos respondidas. Primeiro começo sobre o Carlos, ou mais precisamente, Carl Friedrich Espig.

  O Carlos foi o único filho do Carl Ferdinand Espig que se mudou para o Vale do Taquarí, mais precisamente para Lajeado, então Conventos. Não sei precisamente quando isto aconteceu mas creio que foi entre 1875 e 1885.


  O casamento do Carl Friedrich Espig com a Anna Maria Griesfelder ocorreu em 1863, em Picada Café. É de notar que o Carlos tinha 26 anos enquanto a Anna tinha apenas 14 anos, creio que ou era comum na época ou então "algo" aconteceu. No registro de casamento diz que eles moravam na Linha Olinda, mesmo lugar que seu pai, provavelmente moravam com eles.

  Ainda em Nova Petrópolis, encontrei o nascimento da filha deles, Wilhelmina Espich em 1869, e depois, do meu bisavô Wilhelm (Guilherme) em 1872:



Nesse registro da pra notar que o pastor decidiu mudar o nosso sobrenome. A pronuncia no sotaque Saxonico è muito similar entre o "ich" e o "ig". Assim os "Espig" da Alemanha, no Vale do Taquarí viraram "Espich". 

A história do Wilhelm é ainda desconhecida para mim. A única coisa que sei dele é que ele era pedreiro, casou com Wilhelmina Gross em Venancio Aires, filha do ferreiro Carl August Gross, e morou por muitos anos por lá. Isso até por meados de 1917, quando ele se mudou para Marques de Souza, onde se fixou na Linha Orlando junto com sua familia. Ele teve a maioria dos seus filhos nascidos em Venâncio Aires. Dos 12 filhos, fato curioso è que ele teve 2 vezes gêmeos. Com os dados do cartório de Venancio Aires e de Marques de Souza, e graças a ajuda da Pâmela Espich de Marques de Souza, conseguimos coletar dados dos seguintes filhos:

  • Olinda Espich, 1898 - ?
  • Guilhermina Espich, 1899 - ?
  • Carlos Espich, 1900-1971
  • Leopoldo Espich, 1902-1985
  • Ella Esbich, 1906-1924
  • Leocilda Espich, 1908 - ?
  • Maria Espich, 1909 - ?
  • Edwin Espich, 1913-1981  (gemeo)
  • Arvin Spich, 1913-1963 (gemeo)
  • Helmuth Espich, 1916 - ?
  • Reinaldo Espich, 1919 - ? (gemeo)
  • Paulina Espich, 1919 - ? (gemeo)

Encontrei também no Portal do Vale do Taquarí esse artigo sobre a Linha Tigrinho onde menciona o Wilhelm:
Os primeiros moradores eram ligados à Comunidade Missouri, de Tigrinho, e o primeiro pastor foi Walter Mummelthey, que atendia a comunidade a cavalo realizando os cultos nas casas de família. Mesmo com inúmeras dificuldades, a população se reuniu e, em assembléia promovida em 29 de agosto de 1919, na residência de João Stacke, foi dado o início de um movimento para a construção de uma igreja em terras doadas por Eduard Conrad. Wilhelm Espich foi o construtor contratado. Dezesseis famílias passaram a se integrar à Igreja  Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e, em 22 de maio de 1920, era inaugurada a primeira capela da comunidade. A  atual igreja foi construída em 1968.


Ainda nos registros evangelicos de Picada Vinagre, encontrei o registro de falecimento do Wilhelm, em 1930:





O Wilhelm/Guilherme Espich está enterrado no cemitério da Linha Orlando, na lápide consta tanto a data de nascimento quanto a de óbito erradas (*17/04/1872, +18/01/1930) :





   Mas o Wilhelm não foi o pioneiro dos Espich na area. Muito antes, em 1888 o seu irmão mais velho Carl/Carlos casava com Henriette Bernstein em Marques de Souza. Ele era carpinteiro, nascido em 1868 em Nova Petropolis, assim como sua esposa Henriette. Ele estabeleceu-se na Linha Atalho, onde encontrei os registros dos seguintes filhos:
  • Paulina, 1890-1973
  • Carl Heinrich, 1892
  • Olga, 1893
  • Hermann, 1897
  • Leopoldine, 1899
  • Balduino, 1904
  • Ella, 1905
  O Carlos faleceu ainda jovem em 1907. Pelas minhas pesquisas seus filhos homens devem ter falecidos ainda criança, confrontando pelas informacoes que a Iraci me passou que sua avó Henrietta teve só filhas.

Quanto ao pai deles, o Carl Friedrich Espig, não tenho conhecimento do seu paradeiro. O que sei é que sua esposa Anna Maria teve um filho batisado em 1885 em Lajeado com outro esposo, Felippe Drummeseisel. 

  No entanto, no registro do meu avô em 1913, constava que seus avôs paternos eram Carlos e Maria, ela ja falecida, e ele residente em São Francisco de Assis. Ali em São Francisco o seu irmão Ernesto se estabeleceu muitos anos atrás. Creio que o Carlos e a Anna se separaram e ele foi parar na cidade do seu irmão, no interior do estado.

Mais sobre o Carl Ferdinand Espig

  Continuando minhas pesquisas, consegui finalmente obter os livros evangelicos da igreja de Nova Petrópolis. Sabendo que o Carl Ferdinand Espig se estabeleceu ali em 1858, minha idéia era encontrar pistas do seu paradeiro e de seus filhos.

  O microfilme feito pela igreja dos mormons é realmente muito extenso, tem milhares de paginas sendo centenas delas muito dificil de ler. Mesmo assim, tentei prestar atenção se encontrava qualquer registro de nascimento, casamento ou falecimento de algum Espig/Espich/Etc :)

  O primeiro documento que achei foi do casamento do meu tataravo Carl Friedrich Espig, em 1863. Ele com 26 anos e a noiva Anna Maria Glanzmann com 14 anos apenas, não sei se isso era comum na época:



  Depois em 1869 encontrei uma das filhas do Carl Friedrich Espig, a Barbara Wilhelmina, e finalmente em 1872, encontrei o registro de nascimento do meu bisavô Wilhelm, não para meu espanto, registrado como "Wilhelm Espich". Mais detalhes vou colocar num post só sobre ele. Porém, dalí em diante não encontrei mais nada dos Espig, nem nascimento nem casamento nem falecimento. Até quando cheguei no ano de 1892 quando encontrei esse registro:




  Esse é o registro de falecimento da Auguste Wilhelmine Neubert, esposa do Carl Ferdinand Espig. A tradução do registro é mais ou menos isso:


Augusta Espig, nascida Neubert, em 22 de dezembro de 1813, em Chemnitz, Saxônia, casada em 26 de outubro de 1834 com Carl Espig, e que com ele casado por 61 anos, teve 15 filhos dos quais 5 ainda vivem. No ano de 1858 imigrou para o Brasil, onde estabeleceu-se na Linha Olinda, e em 17 de Junho de 1892, com 79 anos, 6 meses e 24 dias, faleceu deixando 5 filhos, 34 netos e 24 bisnetos. Ela foi enterrada no cemiterio da Linha Olinda

  Achei incrivel as informações contidas nesse registro, dizia não só os dados do falecimento, mas praticamente um resumo da vida dela, falando de casamento, imigração e seu legado. 

  Para minha surpresa, 5 registros depois desse, encontrei isto:




  Esse é o registro de falecimento do Carl Ferdinand Espig, que faleceu 5 meses depois de sua esposa. A tradução do registro é mais ou menos isso:


Carl Ferdinand Espig, nascido em 22 de março de 1812, em Chemnitz, Saxônia, casado em 26 de outubro de 1834 com Auguste, nascida Neubert, e que com ela casado por 61 anos, teve 15 filhos dos quais 5 ainda vivem. No ano de 1858 imigrou com a familia para o Brasil, onde estabeleceu-se na Linha Olinda, e em 25 de Novembro de 1892, com 80 anos, 8 meses e 2 dias, faleceu deixando 5 filhos, 33 netos e 28 bisnetos. Ele foi enterrado no cemiterio da Linha Olinda.

  Com esses 2 registros, agora sabemos que o nosso tataravô vindo da Alemanha, estabeleceu-se ali em Nova petrópolis em 1858 e viveu alí até falecer na Linha Olinda. Eles nunca se mudaram dalí, porém todos os seus filhos acabaram em outras cidades. Mais ainda: deixou 5 filhos ainda vivos, já que 9 faleceram ainda crianças na Alemanha...talvez o motivo que decidiram vir para o Brasil.... alem disso, 33 netos e 28 bisnetos quando ele faleceu, muitos mais ainda estariam por vir...

  Para concluir, ele faleceu exatamente 5 meses depois da sua amada companheira fiel falecer, depois de 61 anos de casado. Não sei o motivo do falecimento dos dois, mas prefiro acreditar na historia romantica do marido que perdeu o amor de sua vida na sua velhice e foi logo em seguida encontrar-la em um outro plano.



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

15 Gerações Atrás

Prezados primos e primas,

No meu ultimo post, comentei sobre o pai do Carl Ferdinand Espig. O meu amigo Stefan descobrira que ele nascera em Hohenstein, mas seu pai Christian era de outro lugar.

Após uma pesquisa extensiva por parte do Stefan, finalmente ele encontrou o elo entre nossas familias. Ele descobriu que o Christian Espig nasceu ali perto no vilarejo de Lauter e, dalí em diante, foi possivel traçar 15 gerações paternas a partir de mim:


  1. Eu (Porto Alegre)
  2. Meu pai Romeu (1943, Arroio do Meio)
  3. Arvin Spich (1913, Venancio Aires)
  4. Wilhelm Espich (1872, Nova Petropolis)
  5. Carl Friedrich Espig (1837, Chemnitz)
  6. Carl Ferdinand Espig (1812, Chemnitz)
  7. Carl Friedrich Espig (1877, Hohenstein)
  8. Christian Espig (1739, Lauter)
  9. Christian Espig (1694, Lauter)
  10. Christian Espig (1656, Lauter)
  11. Balthasar Espig (1627, Lauter)
  12. Michael Espig (1592, Lauter)
  13. Michael Espig (1561, Zschorlau)
  14. Lorenz Espig (1540, Bockau)
  15. Hans Espig (1515, Bockau)

Tanto Lauter, Zschorlau e Bockau são vilarejos ao sul de Chemnitz nas montanhas Erzgebirge. Alí, segundo as pesquisas do Stefan, é o ninho dos Espig e como não podia ser diferente, de nossos ancestrais...



Lauter, durante o inverno:


Mais uma vez, gostaria de agradecer imensamente ao Stefan, nosso primo de "nono grau", pelas pesquisas que ele fez e a dedicação em fazer a genealogia da nossa familia.