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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Os Espich no Vale do Taquarí

  Toda minha familia por parte de pai é do Vale do Taquarí, mais especificamente de Marques de Souza e Travesseiro. Foi por alí que comecei minhas pesquisas das raízes dos Espich.

  Sabia pela certidão de nascimento do meu avô Arvin que seu pai se chamava Guilherme e seu avô Carlos. Porém na certidão dizia que meu avô nascera em Venâncio Aires, 50km dalí. Mas como vieram parar em Marques?? Será que o Guilherme se mudou para alí? Ou foi seu pai Carlos??

  Tinha varias perguntas como essas que foram aos poucos respondidas. Primeiro começo sobre o Carlos, ou mais precisamente, Carl Friedrich Espig.

  O Carlos foi o único filho do Carl Ferdinand Espig que se mudou para o Vale do Taquarí, mais precisamente para Lajeado, então Conventos. Não sei precisamente quando isto aconteceu mas creio que foi entre 1875 e 1885.


  O casamento do Carl Friedrich Espig com a Anna Maria Griesfelder ocorreu em 1863, em Picada Café. É de notar que o Carlos tinha 26 anos enquanto a Anna tinha apenas 14 anos, creio que ou era comum na época ou então "algo" aconteceu. No registro de casamento diz que eles moravam na Linha Olinda, mesmo lugar que seu pai, provavelmente moravam com eles.

  Ainda em Nova Petrópolis, encontrei o nascimento da filha deles, Wilhelmina Espich em 1869, e depois, do meu bisavô Wilhelm (Guilherme) em 1872:



Nesse registro da pra notar que o pastor decidiu mudar o nosso sobrenome. A pronuncia no sotaque Saxonico è muito similar entre o "ich" e o "ig". Assim os "Espig" da Alemanha, no Vale do Taquarí viraram "Espich". 

A história do Wilhelm é ainda desconhecida para mim. A única coisa que sei dele é que ele era pedreiro, casou com Wilhelmina Gross em Venancio Aires, filha do ferreiro Carl August Gross, e morou por muitos anos por lá. Isso até por meados de 1917, quando ele se mudou para Marques de Souza, onde se fixou na Linha Orlando junto com sua familia. Ele teve a maioria dos seus filhos nascidos em Venâncio Aires. Dos 12 filhos, fato curioso è que ele teve 2 vezes gêmeos. Com os dados do cartório de Venancio Aires e de Marques de Souza, e graças a ajuda da Pâmela Espich de Marques de Souza, conseguimos coletar dados dos seguintes filhos:

  • Olinda Espich, 1898 - ?
  • Guilhermina Espich, 1899 - ?
  • Carlos Espich, 1900-1971
  • Leopoldo Espich, 1902-1985
  • Ella Esbich, 1906-1924
  • Leocilda Espich, 1908 - ?
  • Maria Espich, 1909 - ?
  • Edwin Espich, 1913-1981  (gemeo)
  • Arvin Spich, 1913-1963 (gemeo)
  • Helmuth Espich, 1916 - ?
  • Reinaldo Espich, 1919 - ? (gemeo)
  • Paulina Espich, 1919 - ? (gemeo)

Encontrei também no Portal do Vale do Taquarí esse artigo sobre a Linha Tigrinho onde menciona o Wilhelm:
Os primeiros moradores eram ligados à Comunidade Missouri, de Tigrinho, e o primeiro pastor foi Walter Mummelthey, que atendia a comunidade a cavalo realizando os cultos nas casas de família. Mesmo com inúmeras dificuldades, a população se reuniu e, em assembléia promovida em 29 de agosto de 1919, na residência de João Stacke, foi dado o início de um movimento para a construção de uma igreja em terras doadas por Eduard Conrad. Wilhelm Espich foi o construtor contratado. Dezesseis famílias passaram a se integrar à Igreja  Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e, em 22 de maio de 1920, era inaugurada a primeira capela da comunidade. A  atual igreja foi construída em 1968.


Ainda nos registros evangelicos de Picada Vinagre, encontrei o registro de falecimento do Wilhelm, em 1930:





O Wilhelm/Guilherme Espich está enterrado no cemitério da Linha Orlando, na lápide consta tanto a data de nascimento quanto a de óbito erradas (*17/04/1872, +18/01/1930) :





   Mas o Wilhelm não foi o pioneiro dos Espich na area. Muito antes, em 1888 o seu irmão mais velho Carl/Carlos casava com Henriette Bernstein em Marques de Souza. Ele era carpinteiro, nascido em 1868 em Nova Petropolis, assim como sua esposa Henriette. Ele estabeleceu-se na Linha Atalho, onde encontrei os registros dos seguintes filhos:
  • Paulina, 1890-1973
  • Carl Heinrich, 1892
  • Olga, 1893
  • Hermann, 1897
  • Leopoldine, 1899
  • Balduino, 1904
  • Ella, 1905
  O Carlos faleceu ainda jovem em 1907. Pelas minhas pesquisas seus filhos homens devem ter falecidos ainda criança, confrontando pelas informacoes que a Iraci me passou que sua avó Henrietta teve só filhas.

Quanto ao pai deles, o Carl Friedrich Espig, não tenho conhecimento do seu paradeiro. O que sei é que sua esposa Anna Maria teve um filho batisado em 1885 em Lajeado com outro esposo, Felippe Drummeseisel. 

  No entanto, no registro do meu avô em 1913, constava que seus avôs paternos eram Carlos e Maria, ela ja falecida, e ele residente em São Francisco de Assis. Ali em São Francisco o seu irmão Ernesto se estabeleceu muitos anos atrás. Creio que o Carlos e a Anna se separaram e ele foi parar na cidade do seu irmão, no interior do estado.

6 comentários:

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    1. Olá Lilian, desculpa pelo atraso na resposta... mas sim, achei no FamilySearch mas não online, tudo comprando o microfilme e olhando nos centros deles pagina por página.... já os registros civis do RS estão disponiveis online para consulta.
      1 abraço e boa sorte nas pesquisas

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Obrigada Andrio.É uma baita exempo de perseverança, afeto por tua Família. Na Linha Olinda ha registro dos teus antepassados datado de 1870 ( deixei no teu in box do facebook).

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  2. Estou com a carteira de identidade da minha avó Maria Arend filha de Guilherme Espich e Geraldina Espich

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  3. Estou com a carteira de identidade da minha avó Maria Arend filha de Guilherme Espich e Geraldina Espich

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